Criado em 1970 e reconhecido como o maior e mais tradicional evento de música clássica da América Latina, o Festival de Inverno de Campos do Jordão chega à sua 55ª edição em 2025. A programação artística acontece até 3 de agosto e estará distribuída entre quatro palcos em Campos do Jordão e quatro na capital paulista, com eventos na Sala São Paulo e no Instituto Mackenzie. O Festival de Campos do Jordão é uma realização do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, da Fundação Osesp, do Ministério da Cultura e do Governo Federal, via Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet.
Serão mais de 75 concertos neste ano, todos eles com entrada gratuita e programados em quatro locais da cidade da Serra da Mantiqueira: o tradicional Auditório Claudio Santoro (apresentações de sexta a domingo); o popular Parque Capivari (todo sábado e domingo, e também no dia 09/jul); a impactante Capela São Pedro Apóstolo, localizada no Palácio Boa Vista (sábados e domingos, e também em 31/jul); e o histórico Espaço Cultural Dr. Além, que volta a integrar a programação do Festival depois de seis anos, com agenda distribuída nos dias de semana.
A capital paulista também faz parte da programação do Festival de Inverno de Campos do Jordão 2025, oferecendo um calendário de apresentações culturais diversificado. Na Sala São Paulo, os concertos acontecem aos sábados e domingos, na Sala de Concertos, além de apresentações especiais nos dias 08, 09 e 11 de julho na Sala do Coro. Outro destaque é a programação contínua na Estação Motiva Cultural, espaço que recebe eventos durante todo o período do festival.
Além disso, o Festival de Inverno de Campos do Jordão em São Paulo mantém a parceria iniciada em 2024 com o Instituto Mackenzie, que sediará três recitais gratuitos com professores e bolsistas, entre os dias 23 e 25 de julho. Esses eventos fazem parte da programação oficial da 18ª International Conference on Music Perception and Cognition (ICMPC), que, pela primeira vez, será realizada em um país do Sul Global.
“O Festival de Inverno de Campos do Jordão é um símbolo da vitalidade cultural do nosso Estado. Ao reunir grandes artistas, promover novas gerações por meio de bolsas de estudo e formar plateias com acesso gratuito, o evento reafirma nosso compromisso com uma cultura viva, plural e acessível. É uma celebração da excelência artística aliada à política pública que transforma”, destaca Marilia Marton, secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.
Considerado a “espinha dorsal” do Festival, seu Módulo Pedagógico oferece nesta edição 141 bolsas de estudo a jovens músicos: são 123 bolsas para instrumentistas, seis para regentes, seis para piano e seis para violão. Durante um mês, os alunos terão atividades de Orquestra, Música de Câmara (Instrumento), Núcleo de Música Antiga (dividido em Grupo Instrumental e Madrigal), Camerata, Regência, Piano e Violão, além de integrarem a Orquestra do Festival, a Orquestra Bach do Festival (de Música Antiga) e a Camerata do Festival, com diversos concertos agendados em Campos do Jordão e em São Paulo. “O conceito pedagógico do Festival cresce ano após ano, já que os professores convidados não participam ‘apenas’ dando aulas. Buscamos o aprendizado lado a lado, no qual estes músicos-professores, do Brasil e de fora, chegam preparados não somente para ensinar mas também para tocar junto de nossos bolsistas, e, dessa maneira, intensificar o aprendizado de cada um”, explica o coordenador artístico-pedagógico do evento, Fabio Zanon.
DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO
Destacam-se, na Programação Artística em Campos do Jordão, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp com o maestro alemão Marc Albrecht, interpretando a Sinfonia doméstica, de Strauss, no concerto de abertura (05/jul); o Coro da Osesp na companhia de seu novo regente residente, Kaique Stumpf (11/jul); e apresentações de quatro grupos sinfônicos de fora do Estado de São Paulo: a Orquestra Filarmônica de Goiás, com o regente Neil Thomson no pódio e a pianista Sonia Rubinsky como convidada (19/jul); a Orquestra Sinfônica de Pernambuco, tendo à frente o maestro Nilson Galvão Jr. (20/jul); a Orquestra Sinfônica do Paraná, com Roberto Tibiriçá na batuta e peças de Wagner e Tchaikovsky no programa (26/jul); e a Orquestra Filarmônica Catarinense, regida por Roberto Minczuk e com Pablo Rossi no piano solo (01/ago). Receberemos novamente grupos parceiros como a Orquestra Jovem do Estado – Ojesp com seu regente titular, Cláudio Cruz, interpretando a Sinfonia nº 3 de Rachmaninov (06/jul); a Sinfônica Municipal de Santos dirigida por Luís Gustavo Petri (06/jul); a Orquestra Sinfônica da USP – Osusp com Tobias Volkmann no pódio e o talentoso violinista Guido Sant’Anna como convidado (11/jul); a Orquestra Experimental de Repertório – OER conduzida por Wagner Polistchuk (20/jul) e com o flautista João Vitor Mendes; e a Sinfônica Municipal de Campinas com Carlos Prazeres à frente e, novamente, o violinista Guido Sant’Anna como solista (27/jul).
Na agenda dedicada à música de câmara, receberemos uma atração internacional: os norte-americanos do Quarteto Ulysses, que apresentam obras para este formato escritas por Beethoven e Mendelssohn-Bartholdy, além de uma seleção de músicas folclóricas dinamarquesas (18/jul); e diversas formações brasileiras, como o Quinteto Villa-Lobos (09/jul), o Quarteto Zahir (12/jul), o Quarteto Camargo Guarnieri (13/jul), a Camerata Grecco (26/jul) e o Brazilian Winds Ensemble (02/ago).
Uma das grandes novidades do Festival de Inverno de Campos do Jordão 2025 em São Paulo são os espetáculos da Jornada Paulista de Dança, que acontecem no palco da Estação Motiva Cultural, ao lado da Sala São Paulo. Durante uma semana, grupos e companhias de dança de São Paulo participam de atividades intensivas em dança e artes do corpo, que culminam em três apresentações gratuitas e abertas ao público, nos dias 10, 11 e 12 de julho, sempre às 19h.
A agenda artística completa pode ser acessada no site oficial do Festival de Campos do Jordão.
MÓDULO PEDAGÓGICO
O Festival receberá, ao todo, 141 alunos e 82 professores. Novamente, os bolsistas terão duas semanas de prática orquestral e duas semanas de música de câmara, música antiga e camerata, totalizando aproximadamente 1.200 horas-aula. Entre os maestros convidados, dois são brasileiros: Luis Otávio Santos (que estará com a Orquestra Bach do Festival em repertório dedicado a Vivaldi, Leclair e Bach) e Claudia Feres (regendo a Camerata do Festival em programa com Mozart e Chopin). E três deles são de fora do Brasil: a francesa Stéphanie-Marie Degand (dirigindo a Camerata do Festival em obras de Grétry e Schubert, dia 19/jul) e, à frente da Orquestra do Festival, o russo Mikhail Agrest (26/jul) e o espanhol Josep Caballé Domenech (03/ago).
Com a Orquestra do Festival, os bolsistas farão um programa que inclui o emocionante Concerto para piano, de Ravel (26/jul); e repertório com a participação do violoncelista solista Kim Bak Dinitzen, a ser anunciado (02/ago). Já os alunos de regência farão um concerto no Parque Capivari à frente da GRU Sinfônica (02/ago). A agenda programada para a Sala São Paulo terá, entre outras, apresentações da Orquestra Bach do Festival (12/jul); da Filarmônica de Goiás (20/jul); da Camerata do Festival (21/jul); da Sinfônica do Paraná (26/jul); e da Orquestra do Festival (27/jul e 03/ago) – três concertos do Festival na Sala São Paulo serão transmitidos ao vivo no canal do evento no YouTube, em datas a serem divulgadas.
Como também é tradição, ao final do evento haverá a entrega do Prêmio Eleazar de Carvalho, cujo nome homenageia o maestro criador do Festival de Campos do Jordão e celebra o músico-bolsista de maior destaque do evento. Outra novidade nesta edição é o Prêmio Anna Laura de Música Antiga – PALMA, uma correalização da Associação Anna Laura, da Fundação Osesp e do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas. Esta premiação busca reconhecer e promover performances de jovens músicos brasileiros dedicados ao repertório que compreende o período que vai da Idade Média até meados do século XVIII, usando técnicas de execução e convenções estilísticas historicamente informadas. Após a avaliação de uma comissão julgadora, os três primeiros colocados inscritos no PALMA serão premiados com valores entre R$ 3.000 e R$ 10.000, e terão a oportunidade de realizar um recital, cada, nesta edição do Festival (todos serão no dia 20/jul).
“Costumo dizer que considero a Orquestra do Festival de Campos do Jordão a sua principal atração, já que ela é a aposta que estamos fazendo no futuro, por meio da formação e do aperfeiçoamento dos jovens músicos. O núcleo educativo é o cerne deste evento, e, quando colocamos todos esses músicos juntos, de diversas partes do Brasil e também do exterior, para formar uma orquestra sem que nunca antes tenham tocado juntos, já temos aí um dos melhores grupos sinfônicos em atividade no país, antes de tocarem uma só nota”, completa Fabio Zanon.
“A Fundação Osesp tem realizado este grande Festival desde 2012, mas a Osesp tem uma ligação histórica com esse programa de formação de tanto sucesso no Brasil, já que a maior parte dos músicos brasileiros da Osesp foi bolsista, e o Auditório Cláudio Santoro, em Campos do Jordão, foi a casa da Orquestra por décadas durante o inverno”, diz o diretor executivo da Fundação Osesp, Marcelo Lopes. “O Festival movimenta a economia na região da Serra da Mantiqueira, leva ao público uma programação diversa, gratuita e de altíssima qualidade. Ao longo de mais de cinquenta anos, vem enriquecendo enormemente o cenário brasileiro da música clássica, além de promover oportunidades de intercâmbio de nível internacional entre alunos e professores”, finaliza.
PRÊMIOS E BOLSAS
O Prêmio Eleazar de Carvalho contemplará o/a bolsista que mais se destacar nessa edição, concedendo a ele/a uma bolsa de US$ 1.400 mensais para estudar por um período de até nove meses em uma instituição estrangeira de sua escolha, além de ter cobertas as despesas de traslado entre o Brasil e o exterior. A Fundação Osesp poderá, ainda, premiar outros bolsistas que se destacarem durante as atividades do Festival com bolsas na Academia de Música da Osesp.
ACESSIBILIDADE
A programação do 55º Festival de Inverno de Campos do Jordão oferecerá seis concertos com recursos de acessibilidade: audiodescrição (todos os concertos) e interpretação em Libras (apresentação de 06/jul no Auditório Claudio Santoro), realizadas sob demanda do público, pela empresa parceira Ver com Palavras. Nestas apresentações, é necessário confirmar presença até três dias antes do evento, pelo e-mail: contato@vercompalavras.com.br.
SOBRE O FESTIVAL DE INVERNO DE CAMPOS DO JORDÃO
Criado em 1970 pelos maestros Eleazar de Carvalho, Camargo Guarnieri e Souza Lima, o Festival de Campos do Jordão combina, com excelência, uma programação de música de concerto a um trabalho pedagógico amplo e qualificado. Ao longo de suas 54 edições, o evento se consolidou como o maior e mais importante festival de música clássica da América Latina, oferecendo aos bolsistas a vivência com importantes nomes da música nacional e internacional e, paralelamente, uma programação cultural de qualidade, que beneficia não somente a cidade de Campos do Jordão (SP) como todo o seu entorno, ampliando as oportunidades de acesso à música erudita.
REALIZAÇÃO
A 55ª edição do Festival de Inverno de Campos do Jordão tem o patrocínio de Sabesp, Itaú, Yelum Seguradora e Toyota, e apoio de UNISA, Minalba e CAS Tecnologia, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e da Lei Paulo Gustavo. Parceiro de Mídia: Folha de S.Paulo. Apoio institucional: Emesp Tom Jobim e Prefeitura Municipal de Campos do Jordão. Realização: Fundação Osesp, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Ministério da Cultura e Governo Federal – União e Reconstrução. O evento tem direção geral de Marcelo Lopes, coordenação artístico-pedagógica de Fabio Zanon, direção pedagógica de Rogério Zaghi e coordenação de planejamento artístico de Gabriela de Souza. A coordenação de produção executiva e técnica é de Alessandra Cimino.