A decisão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar novas e pesadas tarifas sobre certos produtos brasileiros, elevando a taxação para 50%, agitou o cenário de negócios e tecnologia no Brasil. No entanto, em meio a esse “tarifaço”, um alívio pontual fez a diferença para a aviação: a Embraer, gigante sediada em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, ficou de fora da taxação adicional, mantendo-se apenas com a alíquota anterior de 10%. Essa isenção específica da sobretaxa resultou em um disparo nas ações da Embraer, refletindo a resposta positiva do mercado.
Raio-X da Medida e Seus Efeitos
A medida de Trump impôs uma sobretaxa de 40% em produtos que já sofriam uma taxação de 10%, elevando a tarifa total para 50% em diversos setores. A exceção para a Embraer, que continuou pagando apenas os 10% anteriores, é um ponto crucial. Para a empresa, que tem nos Estados Unidos um de seus maiores e mais importantes mercados, essa distinção representa uma vantagem competitiva significativa. A incerteza em torno das políticas comerciais de Trump vinha gerando apreensão em vários segmentos da indústria global, e a aviação brasileira não era diferente.
A notícia de que aeronaves e componentes da Embraer não seriam onerados com a taxa adicional dissipou temores de uma desaceleração nas exportações e nos lucros da companhia. Para uma empresa com forte atuação internacional, que compete diretamente com grandes players mundiais, a manutenção de condições comerciais favoráveis no mercado americano é crucial para a sustentabilidade de seus projetos e a continuidade de seus investimentos em tecnologia e inovação.
O disparo nas ações da Embraer é um indicativo claro da resposta otimista dos investidores. Ao serem poupadas da tarifa extra, as aeronaves da Embraer mantêm sua competitividade de preço no mercado americano, o que pode impulsionar novas vendas e fortalecer a posição da empresa. Embora outros produtos brasileiros tenham sido atingidos, a seletividade da taxação em relação à Embraer pode sinalizar uma consideração estratégica por parte do governo norte-americano, talvez para garantir o acesso a fornecedores específicos ou reconhecer a importância e a qualidade dos produtos da Embraer no mercado de aviação global.
Para a tecnologia e inovação embarcadas nas aeronaves brasileiras, essa isenção serve como um endosso à excelência do setor, impulsionando o nome da Embraer e do Vale do Paraíba no mapa mundial da inovação, mesmo em um cenário de protecionismo comercial.
